Me atrevo a perguntar: você sabe consultar dicionários? Será que basta conhecer a ordem alfabética? Será que o dicionário sempre nos dá respostas imediatas?
Para começar, é preciso ver direito a questão da ordem alfabética, que para muita gente não é tarefa simples. O que vem antes: "pedra" ou "pedreiro"? Como as duas palavras começam com "p", a decisão fica para a segunda letra: novo empate (a segunda letra é "e"). O empate continua na terceira letra ("d") e na quarta ("r") e só é desfeito pela quinta letra, que, no caso de "pedra", é "a", que vem antes do "e" no alfabeto. Moral da história: "pedra" vem antes de "pedreiro".
Muitas vezes é preciso fazer alguma ginástica para saber o significado de uma palavra. Quem procura "sensatez", por exemplo, encontra "qualidade de sensato". Se não sabe o que é "sensato", vai ter que procurar essa palavra. Mas isso não é desculpa para desistir. Nada de preguiça!
Merecem comentário as palavras que significam "ato ou efeito de". Quem procura "aspersão", por exemplo, encontra "ato ou efeito de aspergir". Se não sabe o que é "aspergir", tem de procurar. Vamos lá: "aspergir" significa "borrifar ou respingar com gotas de água ou de outro líquido".
O dicionário nos diz de onde vêm as palavras. O verbo "chuchar", por exemplo, é formado por onomatopeia, que nada mais é do que o emprego de uma palavra com a qual se tenta imitar um som. O verbo "chuchar" lembra o som de sucção, do ato de sugar.
O dicionário é fundamental também para a formação do nosso vocabulário, que não pode contar apenas com palavras que se usam no dia-a-dia. Essas constituem o vocabulário ativo (palavras que conhecemos e usamos freqüentemente). É preciso possuir também o vocabulário passivo, formado por palavras que conhecemos (ou deveríamos conhece), mas usamos pouco ou raramente.
Fonte: Prof. Pasquale Cipro Neto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário